Super Bowl 2025 destaca IA e resgata clássicos da publicidade

O Super Bowl 2025, realizado recentemente, não apenas coroou os campeões do futebol americano, mas também serviu como palco para uma exibição impressionante de criatividade publicitária. Com um custo estimado de mais de US$ 8 milhões por 30 segundos de transmissão, as marcas apostaram alto em comerciais que fundem o uso inovador de inteligência artificial (IA) com elementos nostálgicos da cultura pop.

Empresas de tecnologia como Google, Meta e OpenAI aproveitaram a oportunidade para apresentar suas soluções de IA ao público massivo do evento. A OpenAI, em particular, fez sua estreia no Super Bowl com um comercial minimalista e impactante, traçando a evolução humana através de pontos animados, culminando na era da inteligência artificial.

Enquanto isso, marcas tradicionais optaram por resgatar propagandas clássicas e contar com a presença de celebridades carimbadas para capturar a atenção dos espectadores. Esta abordagem dual reflete uma tendência crescente no marketing: a fusão entre inovação tecnológica e apelo emocional através da nostalgia.

Inteligência artificial redefine estratégias publicitárias

A presença marcante da IA nos comerciais do Super Bowl 2025 não é coincidência. Especialistas apontam que a tecnologia está revolucionando o setor publicitário, permitindo uma personalização sem precedentes das mensagens e uma otimização mais eficiente das campanhas. Estudos recentes indicam que 67% dos profissionais de marketing na América Latina já observam melhorias significativas na qualidade da mídia graças à implementação de IA.

O comercial da OpenAI, criado pela Accenture Song, exemplifica como a IA pode ser utilizada de forma criativa na publicidade. Embora o Sora, gerador de vídeos da empresa, tenha sido usado na concepção, a decisão de optar por animação tradicional para o produto final destaca o debate atual sobre o papel da IA na criatividade humana.

Outras gigantes tech como Google e Meta também apresentaram suas soluções de IA durante o evento, sinalizando uma corrida tecnológica que transcende o campo da publicidade e adentra o cotidiano dos consumidores. Esta tendência reflete uma mudança paradigmática na forma como as marcas se comunicam e se relacionam com seu público-alvo.

Evolução da publicidade no Super Bowl reflete avanços tecnológicos e mudanças culturais. (Imagem: Reprodução/Canva)

Nostalgia e celebridades: apostas seguras no marketing esportivo

Enquanto a IA domina as conversas sobre inovação, muitas marcas optaram por uma abordagem mais tradicional, apostando na nostalgia e no star power. A Mountain Dew, por exemplo, surpreendeu ao estampar o rosto do cantor Seal no corpo de uma foca, em um trocadilho visual que capturou a atenção dos espectadores. Já a Skechers apresentou a apresentadora de televisão Martha Stewart em uma performance inusitada de break dance.

Esta estratégia de mesclar elementos familiares com situações inesperadas provou-se eficaz em capturar a atenção de uma audiência cada vez mais dispersa e exigente. Especialistas em marketing apontam que a combinação de nostalgia com humor e celebridades continua sendo uma fórmula de sucesso, especialmente em eventos de grande escala como o Super Bowl.

O resgate de propagandas clássicas também foi uma tendência observada, com marcas revisitando campanhas icônicas e adaptando-as ao contexto atual. Esta abordagem não apenas apela para a memória afetiva dos consumidores mais velhos, mas também introduz conceitos clássicos a uma nova geração de espectadores, criando um elo intergeracional através da publicidade.

Futuro da publicidade: integração entre tecnologia e emoção

O Super Bowl 2025 serviu como um microcosmo das tendências que devem moldar o futuro da publicidade. A integração entre tecnologias avançadas de IA e estratégias emocionais baseadas em nostalgia e conexão humana aponta para um cenário onde a criatividade e a tecnologia caminham lado a lado.

Estudos recentes sugerem que 80% dos anunciantes planejam aumentar seu orçamento digital para anúncios nas redes sociais em 2025, com foco especial em eventos de grande porte como o Super Bowl. Esta mudança reflete não apenas a importância crescente das plataformas digitais, mas também a necessidade de criar experiências publicitárias mais imersivas e interativas.

À medida que a indústria publicitária continua a evoluir, é provável que vejamos uma fusão ainda maior entre as capacidades analíticas da IA e a criatividade humana. O desafio para as marcas será encontrar o equilíbrio perfeito entre inovação tecnológica e apelo emocional, garantindo que suas mensagens ressoem com um público cada vez mais diversificado e tecnologicamente savvy.